Vulcões
Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal
Não tem a lividez sinistra da montanha
Quando a noite a inunda dum manto sem igual
De neve branca e fria onde o luar se banha.
No entanto que fogo, que lavas, a montanha
Oculta no seu seio de lividez fatal!
Tudo é quente lá dentro…e que paixão tamanha
A fria neve envolve em seu vestido ideal!
No gelo da indiferença ocultam-se as paixões
Como no gelo frio do cume da montanha
Se oculta a lava quente do seio dos vulcões…
Assim quando eu te falo alegre, friamente,
Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha
Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!
A escolha
A imagem que eu escolhi, que foi um vulcões, transmite-me que, ás vezes, as coisas que estão imóveis podem causar grande destruição, mas transmite-me como principal tema e dinamismo, energia, o vulcões faz-me vibrar algo dentro de mim.
O poema que eu escolhi foi da autoria do(a) poeta:
Florbela Espanca
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